lunes, 4 de marzo de 2013
EVORA II
“É um sabado, três horas, com um calor d' Argel fazendo os cães ganir ao contacto das pedras escaldantes, e leves fitas de sombras rês dos muros, onde uma ou outra velha claudica, ou caminham em passinhos moles, de fêmea, senhores eclesiasticos de sapato de fivella e batina, tressuando como muringues sob os guarda-soes d'alpaca escura. As ruas me parecem, naquela primeira excursão, tortuosíssimos novellos que levam constantemente ao mesmo sitio. Por toda a parte ha coisas d'álbum, fachadas d'estranhos estilos, baldaquinos de granito por cima de pórticos, ruínas com ar d’ópera, janellas manuelinas embutidas em paredes de casas modernas, claustros d’ogiva, graciosas torrellas, palácios renascença, fortalezas romanas, muralhas fernandinas, inscripções, arcos, passagens medievas, que é um não acabar de surpresas históricas, de pressuposições românticas, d'escapadas no sonho e d'aerostações pelo irreal.”
FIALHO D'ALMEIDA: Estancias d’arte e de saüdade
Suscribirse a:
Enviar comentarios (Atom)
2 comentarios:
Portugal es una maravilla por donde quiera que vayamos y la otra maravilla es el ojo que tienes.
Un abrazo
¡Qué luz!
Publicar un comentario